Investimento permite seleção de mais de 100 projetos de iniciação científica júnior no resultado final do PIC Jr. 2022

Investimento permite seleção de mais de 100 projetos de iniciação científica júnior no resultado final do PIC Jr. 2022

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) divulgou, nesta sexta-feira (25), duas novidades sobre o Edital Fapes/Sedu nº 10/2021 – PIC Jr. 2022: mais investimento na chamada pública e a seleção de 104 projetos de iniciação científica júnior, que serão executados por estudantes da Rede Pública de Ensino.  O resultado final, ou seja, homologado já está disponível para acesso clicando aqui.

Ao todo, R$ 1,2 milhão foram aportados no Programa de Iniciação Científica Júnior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro pela Fapes e, com isso, o investimento no edital subiu de R$ 2 milhões para mais de R$ 3 milhões. O novo recurso permitiu que a Fundação selecionasse mais projetos para serem contratados e iniciarem a execução ainda neste 1º semestre.

O edital é uma parceria da Fapes com a Secretaria da Educação (Sedu) e selecionou propostas de projetos que serão desenvolvidos por alunos e professores de escolas públicas localizadas no Espírito Santo, prioritariamente em bairros atendidos pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.

Os projetos classificados devem estar sob a coordenação de pesquisadores de instituições de ensino ou pesquisa sediadas no Espírito Santo e em conformidade com os temas de interesse do edital.

O PIC Jr. 2022 recebeu 159 inscrições de projetos e, desse total, 62 haviam sido classificados no resultado preliminar, divulgado no dia 1º de fevereiro, e 104 foram selecionados no resultado final devido o novo aporte financeiro realizado pela Fapes.

Projeto selecionado

Com o título “Preconceitos estruturais na sociedade atual: desmistificando os conceitos na educação de adolescentes por meio de metodologias ativas”, o projeto, que é uma parceria entre a instituição de pesquisa Emescam e a EEEFM Elza Lemos Andreatta, localizada no bairro Ilha das Caieiras, em Vitória, a proposta tem o objetivo de avaliar o nível de conhecimento e aprendizado de adolescentes de uma escola de Ensino Médio acerca dos tipos de preconceitos estruturais.

O projeto atua na área de Desenvolvimento Econômico, Ambiental e Sociocultural e pretende contribuir para a redução da cultura do preconceito racial e de gênero na sociedade e formar jovens estudantes com pensamento crítico-reflexivo desenvolvido para a sociedade e posterior ingresso no Ensino Superior. Além de capacitar jovens adolescentes a não realizarem práticas discriminatórias na sociedade e a promover a disseminação do conhecimento científico na escola por meio do fomento a prática científica e a realização de pesquisas em ambientes escolares.

Histórias de sucesso do PIC Jr.

Os colegas Guilherme Thomas e Gabriel Hanson participaram do PIC Jr. em 2018 e mudaram de vida a partir da experiência. Ambos eram estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Cachoeiro de Itapemirim e trabalharam no projeto “Do subliminar ao visível: de que forma se estruturam e se manifestam os processos de discriminação entre os sujeitos do contexto educativo no Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim”.

“O projeto foi um divisor de águas na minha vida. Além de ter ganhado bolsa, que faz diferença na situação financeira de qualquer pessoa, conheci a professora que me deu contatos para o mundo das ciências sociais. Eu achava que seria um cientista na área de biologia, mas depois do projeto me apaixonei pela área de Ciências Sociais”, comentou Gabriel Hanson, que, atualmente, é estudante da Universidade de São Paulo (USP) e trabalha em uma pesquisa, com o tema discriminação de gênero e orientações sexuais em antropologia.

Guilherme Thomas também atribui ao PIC Jr. a escolha por seguir a carreira de pesquisador. “O projeto foi de extrema importância para minha formação como cidadão e pesquisador. Mudou minha maneira de enxergar o mundo. Hoje, olho para as coisas com um olhar mais crítico e tento não deixar que minhas concepções pessoais alterem a maneira como analiso o mundo ao meu redor. Além de ter sido essencial para ajudar a me desenvolver na faculdade, já que continuo estudando as humanidades. O projeto me fez querer investir mais no meu futuro como pesquisador e produtor de conhecimento”, destacou o universitário, que cursa Jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Reprodução : Governo do Estado