Ales: deputados cobram medidas de segurança em escolas
Vários deputados repercutiram na sessão plenária desta segunda-feira (10) uma onda de ameaças que teria surgido no final de semana em aplicativos de celular e redes sociais sobre supostos novos atentados em escolas capixabas que estariam sendo planejados para os próximos dias.
O deputado Coronel Weliton (PTB) afirmou que “hoje o Espírito Santo amanheceu em pânico, com todas as unidades escolares em pavor, em razão de ameaças de que pode haver ataques em qualquer escola e a qualquer momento”.
Ele cobrou do Estado resposta rápida para conter a onda de ameaças e para prevenir as escolas de novos atentados. Ainda considerou insuficiente manifestação anterior feita pelo vice-líder do governo, Tyago Hoffmann (PSB), de que o Palácio Anchieta já está planejando ações de enfrentamento ao problema.
“O vice-líder falou de um planejamento que o Estado pretende executar, mas o problema é que a burocracia é lenta, e precisamos de algo mais rápido, emergencial”, sugeriu, defendendo a liberação imediata de recursos para serem investidos na contratação de seguranças para atuarem nas unidades de ensino.
No pronunciamento, Hoffmann relatou que o governador (Renato Casagrande/PSB) anunciou em uma rede social o lançamento de um plano estadual para conter a violência nas escolas. O deputado citou que o Parlamento capixaba aprovou indicação proposta por ele ao chefe do Executivo para que, além de um plano de segurança, haja também um plano de prevenção a ataques.
E para a prevenção, acrescentou, é preciso uma equipe multidisciplinar nas escolas, com psicólogos e assistentes sociais, que possa ajudar a identificar jovens em situação de bullying ou de violência em casa.
“Precisamos diagnosticar alunos que por qualquer razão tenham um comportamento que possa levar à prática de atos violentos”, completou Tyago, dizendo que está aguardando a publicação do plano anunciado por Casagrande.
Governo federal
Vandinho Leite (PSDB) defendeu que o governo federal libere mais recursos para investimento na segurança das escolas. Ele afirmou que no Orçamento aprovado pelo Congresso houve a liberação de R$ 2 bilhões para a área da cultura e de “apenas” R$ 150 milhões para combater a violência nas escolas. Para Vandinho, os valores são contraditórios com o momento vivido pelo país, já que os atentados e o clima de violência nas escolas têm aumentado de forma preocupante.
Alcântaro Filho (Republicanos) defendeu a deflagração imediata de um plano de prevenção que garanta escolas sem violência em todo o Espírito Santo. “O secretário (de Estado) de Segurança disse que está monitorando tudo, com ajuda da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e até do FBI (inteligência norte-americana) para combater as fake news (sobre atentados). Mas precisamos de ações mais concretas”, defendeu. Ele citou que apresentou indicação (aprovada pela Ales) ao Poder Executivo para criar programa emergencial visando contratação de segurança armada para as escolas.
Já o deputado Delegado Danilo Bahiense (PL) considerou que as ameaças de novos ataques reforçam a necessidade de o governo abrir concursos para preencher defasagem nos quadros das polícias Militar e Civil do Espírito Santo. Conforme afirmou, a PM opera com redução de 1.400 homens e mulheres em seus efetivos; já na Polícia Civil a defasagem alcança 3.500 profissionais.
Reprodução : Ales
Jornalista, Gestor Público e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político. Cadastre-se gratuitamente e receba notícias diretamente no seu celular. Clique Aqui