Dia do Serrano: Fé, devoção e tradição marcam os festejos em Serra Sede

Dia do Serrano: Fé, devoção e tradição marcam os festejos em Serra Sede

Fé, devoção e tradição. Esses conceitos se harmonizam, ao som dos tambores e das casacas do congo, todo dia 26 de dezembro, na Serra Sede. É o Dia do Serrano sendo comemorado sob as bênçãos de São Benedito. Em 2022, o Dia do Serrano, que faz parte da Programação da Festa de São Benedito, 177 Anos de Fé e Tradição, não foi diferente.

A agenda da festividade começou pela manhã, com missa na Igreja Matriz e foi encerrada pelo show nacional do sambista Diogo Nogueira (RJ). A segunda-feira, que foi feriado no município, também contou com solenidade na Câmara dos Vereadores; exposição da imagem de São Benedito; procissão de São Benedito pela Serra Sede; fincada do mastro de São Benedito e show pirotécnico.

As ruas do centro da Serra foram tomadas por moradores e visitantes de todas as idades, que acompanhavam as bandas de congo e o navio Palermo até a Igreja Matriz. As gerações se uniram para testemunhar os festejos de São Benedito, que é Patrimônio Cultural e Imaterial do município desde junho de 2021, quando a lei n°5.308/2021 foi sancionada pelo prefeito da Serra, Sergio Vidigal.

A hora de dançar o “Vapo” é uma das mais esperadas da festa e, neste ano, balançou toda a multidão: o Palermo se aproxima dos músicos da banda Estrela dos Artistas e balança acompanhando o ritmo.

Por falar em geração, o bancário Marcelo de Souza Ferreira, 39 anos, levou os filhos para a festa. “É uma oportunidade para conhecer um pouco da nossa história, da cultura serrana, da cultura dos avós deles, que chegaram à Serra Sede na década de 50. Na época, não tinha luz elétrica. Minha filha mais nova, a Liz, de três anos, nunca tinha vindo. Já, o mais velho, Arthur, de seis anos, já tinha vindo, mas quando ainda muito pequeno”, disse, animado.

“Sou apaixonada pela festa da Serra! Sou nascida e criada na Serra Sede mas, há quatro anos, moro em Salvador. Quando chega esta época do ano, deixo meu marido maluquinho para vir para cá. A festa me emociona, me arrepia. Ver a fé das pessoas, os fiéis tocando no Palermo (navio) quando ele passa. Toda essa paixão me emociona. Tenho paixão por essa festa”, contou a dona de casa Carine Storck Santos, 41 anos.

 

Reprodução : Prefeitura da Serra