Villa Velha: ​ambulância leva munícipe para fazer exame de compatibilidade de medula óssea

Villa Velha: ​ambulância leva munícipe para fazer exame de compatibilidade de medula óssea

Na última semana, a Prefeitura de Vila Velha adquiriu mais de 15 veículos, entre ambulâncias e automóveis, para o deslocamento de pessoas com dificuldades de mobilidade, como os acamados e cadeirantes. Essa aquisição, que teve como objetivo incluir, cuidar e acolher o público que precisa do transporte sanitário, ajudou também a dona Neuzi Santana, de 69 anos, que luta contra o mieloma múltiplo, um câncer raro que se desenvolve na medula óssea.

As filhas de Neuzi, Giselly e Lívia, procuraram a Unidade de Saúde da Barra do Jucu, localidade próxima à residência da família, para solicitar o transporte. Elas contam que o tratamento da mãe necessita de assistência, principalmente para o deslocamento: “Nós não sabíamos que tínhamos esse direito. Fiquei imaginando como seria levar minha mãe para as consultas e tratamentos, e até cogitei chamar um carro de aplicativo”, disse Giselly.

“Quando descobri que tinha esse serviço, fiquei tranquilizada. Achei que o acesso seria difícil, mas não foi. Fomos muito bem tratadas por todos, que sempre foram muito proativos e atenciosos conosco. Vocês são muito importantes para nós, parabéns pelo trabalho.”, concluiu.

A Lívia, outra filha de Neuzi, fala sobre a climatização da ambulância e o conforto que ela traz para o paciente e para os acompanhantes: “Já estive em outros veículos com a minha mãe. Sempre carrego na bolsa algo para abanar a minha mãe. Esse ar-condicionado é uma benção, traz muito conforto para a gente”, afirma Lívia.

A família conta que a senhora precisa fazer quimioterapia toda semana, sendo necessário o transporte para leva-la à sessão: “Com esse suporte que vocês estão nos oferecendo, temos mais esperança para continuar seguindo em frente”, conta uma das filhas de Neuzi.

União da família

Ao chegar à clínica, os quatro irmãos de dona Neuzi estavam esperando por sua chegada para iniciar o exame de compatibilidade. Eles, junto com as filhas, testam a compatibilidade para um possível transplante de células-tronco hematopoiéticas, com o objetivo de propiciar à senhora uma melhor qualidade de vida. Esta é uma forma de controlar o mieloma múltiplo, que não tem cura e cuja primeira etapa é feita por meio da coleta de uma amostra de sangue de parentes próximos.

Sobre a doença

O mieloma múltiplo é o câncer de um tipo de células da medula óssea chamadas de plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias. No mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue.

O tratamento

A quimioterapia em altas doses, seguida de transplante de células-tronco hematopoéticas, vem se constituindo ao longo das últimas décadas em um importante instrumento terapêutico, devendo fazer parte da estratégia de tratamento da maior parte dos pacientes com mieloma múltiplo.

Pelo menos dois importantes estudos randomizados mostraram vantagens para esta estratégia, quando comparadas à quimioterapia convencional. No entanto, a quase totalidade destes pacientes irá recair, necessitando de algum tratamento adicional. A utilização de um segundo transplante pode representar um avanço, melhorando os resultados da estratégia de tratamento do mieloma múltiplo.

 

Reprodução : Prefeitura de Vila Velha